O Grupo de Trabalho de Esportes de Mercocidades, expressou no passado 8 de março, sua reprovação ante todo fato de discriminação, em solidariedade com o jogador de futebol profissional Luis Tejada, do clube Juan Aurich de Peru, vítima de insultos racistas que motivaram sua saída do campo do jogo. O pronunciamento demanda ao mesmo tempo a implementação das sanções pertinentes por parte da Federação Peruana de Futebol.

8 de março

“As cidades que coordenamos e subcoordenamos o Grupo de Trabalho em Cultura do Esporte, da Atividade Física e da Recreação de Mercocidades, nos solidarizamos com o futebolista profissional Luis Tejada, do clube Juan Aurich (Peru), de nacionalidade Panamenha, vítima de insultos racistas que motivaram sua saída do campo do jogo, indignado, enquanto jogava com o Cienciano de Cuzco.

Este mesmo caso ocorreu no ano passado com o futebolista do Cruzeiro (Brasil), César Fonseca, conhecido como “Tinga”, durante o jogo na Região de Junín, Peru, pela Copa Libertadores ante o Real Garcilaso de Cuzco.

Luis Tejada, de 32 anos, goleador histórico da seleção de futebol do Panamá disse: “Sai do campo protestando por insultos e gestos de racismo, um ato detestável de discriminação. Lamento muito a situação que novamente vivi em um campo de jogo. Para ser sincero pensei que já não voltaria passar o mesmo que ocorreu no ano passado, quando defendia a camiseta de César Vallejo no estádio de Cristal”. “Em primeiro lugar, os insultos de racismo contra mim iniciaram desde que começamos a esquentar para o jogo. Houve passagens no primeiro e também quando se iniciou o segundo tempo, e depois não parou até o momento em que ocorreu essa jogada da posição adiantada, em que os insultos e gestos sobre mim foram fortes. Na verdade já não pude suportar mais e só dei uma bolada a modo de protesto e impotência ao ver que ninguém fazia nada e deixar clara a minha posição de reprovação contra algo que lamentavelmente não aprendemos e não vou a jogar esse jogo”, agregou indignado o futebolista.

“Desde meu humilde ponto de vista só peço ao presidente da FPF (Federação Peruana de Futebol), Edwin Oviedo, que tem que fazer algo para terminar com esta desonra contra a humanidade”.

Tejada, foi vítima de racismo em três oportunidades. No ano passado viveu uma situação similar em um jogo entre a Universidade César Vallejo e Sporting Cristal, no estádio Alberto Gallardo, na qual seus companheiros e os jogadores rimenses o convenceram de ficar no campo.

O Grupo de Trabalho de Esportes de Mercocidades, expressa ante a opinião pública nossa profunda indignação, e reprovação ante todo tipo de discriminação e esperamos que se execute através da Federação Peruana de Futebol uma severa chamada de atenção e sanção pelo triste e lamentável fato, ao clube do qual esta facção é seguidora, e que sirva como exemplo para que nunca mais se repitam tais atos.”

Coordenador do Grupo de Esportes de Mercocidades
Armando Rodríguez Arroyo
Municipalidade de Parcona, Ica, Peru

Subcoordenador Grupo de Esportes de Mercocidades
Pablo Marquês
Secretaria Municipal de Esportes Prefeitura de Porto Alegre, Brasil

Baixe o pronunciamento.