No passado 18 de agosto a cidade argentina de Santa Fe, foi sede da Primeira Oficina Regional para o cálculo do Inventário de Gases de Efeito Estufa (com sua sigla em espanhol GEI). O encontro definiu que o inventário é o primeiro passo do trabalho coletivo para avançar para um Plano de Ação diante da Mudança Climática, e de políticas governamentais para a melhora ambiental na região.

A oficina se realizou como ante-sala da XXI Cúpula de Mercocidades, que terá sede na mesma cidade de 23 a 25 de novembro. Foi organizada pela Rede Argentina de Municípios Diante da Mudança Climática (com sua sigla em espanhol RAMCC) e pelo Governo de Santa Fe, na qualidade de cidade coordenadora da Unidade Temática de Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Mercocidades (UTADS).

A proposta foi orientada a funcionários de municípios das províncias de Santa Fe e de Entre Rios, para promover uma metodologia comum para o cálculo da pegada de carbono, que permita quantificar o tamanho da mesma e estabelecer uma base de comparação entre distintos municípios, ao longo do tempo. Nesta linha, o Governo da cidade apresentou o cálculo da pegada de carbono correspondente a Santa Fe, que elaborou a partir de dados obtidos através do programa “Santa Fe Como Vamos”.

O inventário de GEI tem por objetivo determinar a magnitude das emissões e absorções por sumidouro de GEI, que são diretamente atribuíveis à atividade humana no município. A identificação das fontes chaves de emissão de GEI permite planejar e focalizar as políticas e iniciativas governamentais para o melhoramento ambiental nos contextos local e global. Assim como, a distribuição eficiente de recursos, em busca dos melhores resultados ante as ações empreendidas.

Em termos gerais, o que se procura na formação de Planos Locais de Ação Climática (PLAC) é abarcar três etapas sucessivas, sendo a formação de um inventário a primeira delas. Esta etapa está associada a um primeiro diagnóstico da participação que tem o município com respeito aos GEI emitidos em um ano base, cumprindo com as características de transparência, exaustividade, exatidão, coerência e comparabilidade estabelecidas pela metodologia do Painel Intergovernamental ante a Mudança Climática (com sua sigla em espanhol IPCC) adaptadas no nível municipal. Para tal fim, se tomaram em conta as categorias energia, processos industriais, atividades agropecuárias, mudança de usos do solo e silvicultura e resíduos.