Por ocasião do Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher, em 25 de novembro, Mercocidades reafirma seu compromisso de promover a igualdade e combater a violência contra mulheres e meninas na região.

Às vésperas do que poderia ser o fim de uma pandemia sem precedentes, reiteramos a mensagem de alerta sobre a pandemia invisível da violência de gênero, agravada durante os meses de confinamento, com um rápido aumento da violência contra mulheres e meninas no mundo inteiro.

Segundo a Rede Latino-Americana contra a Violência de Gênero, desde o início de 2021 até o presente, em apenas sete países da América Latina (Argentina, Chile, Equador, Panamá, Porto Rico, Uruguai e Venezuela) foram assassinadas 450 mulheres, sendo que em menos da metade dos casos os feminicídios foram perpetrados por parceiros ou ex-parceiros.

Convidamos as mercocidades a aderirem à campanha da Organização das Nações Unidas que promove o ativismo durante 16 dias a partir de 25 de novembro. “Pinte o mundo de laranja: acabe com a violência contra as mulheres AGORA!” incentiva a coordenação de eventos que promovam estratégias para prevenir a eliminação da violência da escala global para a escala local.

Nesta data é fundamental destacar que:

– Globalmente, 35 por cento das mulheres já sofreram violência física ou sexual por um parceiro íntimo, ou violência sexual perpetrada por outra pessoa que não é seu parceiro.

– O número de chamadas para linhas de ajuda aumentou cinco vezes em alguns países como resultado do aumento das taxas de violência entre parceiros íntimos causada pela pandemia de COVID-19.

– Em setembro de 2020, 48 países integraram a prevenção e resposta à violência contra mulheres e meninas em seus planos de resposta à COVID-19.

– Todos os dias, 137 mulheres são mortas por membros da sua própria família.

– Menos de 40 por cento das mulheres que sofrem violência procuram algum tipo de ajuda.

– Pelo menos 155 países aprovaram leis sobre violência doméstica e 140 têm legislação sobre assédio sexual no local de trabalho.

– As mulheres adultas representam quase metade (49 por cento) das vítimas de tráfico humano detectadas no mundo todo.

– Quinze milhões de meninas adolescentes entre 15 e 19 anos tiveram relações sexuais forçadas em todo o mundo.

– A violência de gênero nas escolas é um grande obstáculo à escolarização universal e ao direito das meninas à educação.

– Em cinco regiões, 82 por cento das mulheres parlamentares relataram ter sofrido alguma forma de violência sexual durante seu mandato.

 

(dados em negrito, provenientes do banco de dados global da ONU Mulheres)

Imagem da nota: ONU Mulheres