Neste dia internacional a Rede visibiliza a situação desigual das mulheres indígenas na região e em todo o mundo, aqueles que sofrem os estragos da triple opressão que lhes dá o ser mulheres, indígenas e pobres. Adicionalmente, reconhece a importância que elas têm em suas comunidades e fora delas custodiando as tradições e os recursos naturais de suas comunidades.

MERCOCIUDADES NO DÍA INTERNACIONAL DA MULHER ORIGINARIA

5 de setembro de 2019

Nesta data comemorativa e no âmbito da campanha de Mercocidades “a diversidade que há em você”, lembramos a importância da defensa dos direitos das mulheres indígenas na região

O Dia Internacional das mulheres indígenas foi estabelecido durante o segundo Encontro de Organizações e Movimentos de América em Tihuanacu, Bolívia, em 1983. Bartolina Sisa foi declarada como uma heroína nacional aymara o 15 de julho de 2005, de acordo com a lei No 31021.

Bartolina foi uma líder e heroína aymara que participou no levantamento contra o colonialismo espanhol. Constituiu-se na líder das mulheres indígenas de então, conseguindo organizá-las em acampamentos militares e constituindo-se numa mulher comandante.

Numa das suas incursões à cidade de La Paz, foi traída e feita prisioneira, sendo torturada cruelmente até sua morte o 5 de setembro de 1783 com 32 de anos de vida.

Em lembrança de Bartolina cada 5 de setembro se deixa patente a desigual situação das mulheres indígenas em todo o mundo, aquelas que sofrem os estragos da triple opressão que lhes dá o ser mulheres, indígenas e pobres. Como assinala Teresa Ulloao, especialista em gênero e direito internacional humanitário, são as mulheres e as meninas indígenas “dos excluídos, as mais excluídas; dos pobres, as mais pobres; dos analfabetos são elas as que conformam o maior porcentagem; dos discriminados, as mais discriminadas; dos despossuídos, as mais despossuídas; dos violentados, as mais violentadas”.

As mulheres indígenas desempenham funções importantes em suas comunidades e fora delas custodiam as tradições e os recursos naturais das suas comunidades, constituem um dos povos mais vulneráveis e marginalizados do mundo”.

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Foto: ONU Mulheres