Ontem (30 de maio), cidades médias da região e do mundo encerraram um encontro no qual refletiram sobre emprego, alimentação e transformação digital. O evento terminou com uma declaração que enfatizou a importância de promover e incentivar o talento local e o planejamento territorial transformador.

Nos dias 29 e 30 de maio, foi realizado em Tandil (Argentina) o Fórum “Cidades médias como territórios de talento: o futuro do emprego, transformação digital e alimentação saudável”. Este encontro mundial contou também com a participação de representantes de várias “mercocidades”. A presidência da Rede foi representada pela secretária executiva de Mercocidades, Fabiana Goyeneche, e o evento foi presidido e coordenado pelo prefeito anfitrião, Miguel Lunghi, atual vice-presidente de Relações Institucionais de Mercocidades.

Representantes de cidades da Argentina, Brasil, Peru, Uruguai, França, Moçambique e Zâmbia participaram dos painéis. Também houve intervenções de representantes da Cidades e Governos Locais Unidos (CGLU), Federação Latinoamericana de Cidades, Municípios e Asociações Municipalistas (FLACMA), Governos Locais pela Sustentabilidade (ICLEI) e Mercocidades.

O encontro foi realizado no âmbito do Fórum Mundial de Cidades Médias da rede CGLU e teve como objetivo gerar espaços de intercâmbio sobre o potencial da tecnologia aplicada aos sistemas alimentares e geração de empregos. Além disso, foram abordadas as potencialidades e oportunidades das cidades médias como laboratórios de talentos para o desenvolvimento sustentável, no âmbito do Programa Local4Action HUB da CGLU.

A seguir, acrescentamos a declaração final do encontro:

“Vivemos em um continente humanizado, no qual as redes de Cidades Médias nos falam sobre como nos organizar para compreender melhor a nós mesmos e nossos territórios.

Estamos diante de um problema em que o talento sai das cidades, enquanto o sistema alimentar funciona consumindo o planeta e o território.

Dos intercâmbios que surgiram neste fórum, propomos os seguintes pontos que para nós recapitulam a essência das discussões:

  1. Uma estratégia territorial consensual: A definição conjunta de uma estratégia tem valor com base em valores humanos, que diferenciam os benefícios da transição digital.
  2. Soluções baseadas no planejamento: Repensar e preparar o território com todos os seus recursos, incluindo humanos, para uma visão conjunta com uma estratégia decidida conjuntamente.
  3. Um processo de planejamento transformador que articule pessoas, cuidado e produção, colocando ferramentas tecnológicas a serviço das Cidades Médias, gerando políticas locais que permitam a socialização da produção e desenvolvimento das pessoas, e seus sistemas de cuidado, rumo a um futuro com cidades inteligentes, sustentáveis ​​e resilientes.
  4. Uma transição digital baseada em talentos, que se baseia em atividades que utilizam o talento criativo no fator digital na transformação do modelo.
  5. Educação: a médio prazo devemos implementar uma estratégia educacional para gerar talentos circulares.
  6. Uma solução de Tandil: Contribuir para esta reflexão internacional através de um observatório de Cidades Médias: É com orgulho que lançamos a nossa iniciativa Fab LAB, um laboratório local que permite a criatividade. Um observatório de políticas de e para Cidades Médias: um espaço de convocação, educacional, conectado à articulação internacional e à cooperação multi ator.”

Fonte: Imprensa do Município de Tandil