Ontem, 13 de junho, no âmbito da celebração do Bureau Executivo de Cidades e Governos Locais Unidos (CGLU) e do Fórum Mediterrâneo de Migração Urbana, Mercocidades expôs sobre a Nova Agenda Urbana (NAU). Em representação da Rede participaram; o presidente de Mercocidades e prefeito de Esteban Echeverría, Fernando Gray, e o vice-presidente de Relações Institucionais, prefeito de Tandil, Miguel Lunghi.
Pela manhã, Fernando Gray expôs na mesa “Nova Agenda Urbana em revisão”, cujo objetivo era fazer um balanço das conquistas e desafios enfrentados e preparar mensagens para uma fase renovada rumo ao 11º Fórum Urbano Mundial, no qual a Assembleia Mundial examinará a NAU.
O presidente se referiu ao processo de trabalho da Mercocidades para a elaboração de um posicionamento regional que descreve os problemas do sul global com uma perspectiva latino-americana. O processo incluiu consultas por meio de encontros virtuais com funcionários, equipes técnicas de áreas específicas e representantes de organizações regionais e internacionais como CGLU, CEPAL, GCoM, ICLEI, ONU-Habitat e a Rede de Gestão de Áreas Metropolitanas, entre outros. Além da socialização de um pré-documento e de uma pesquisa aberta que permitiu receber contribuições das cidades a partir dos seus contextos específicos e suas iniciativas.
Nesse sentido, observou na NAU pouca referência aos modos de alcançar práticas mais equitativas entre gêneros e faixas etárias, não só nas cidades metropolitanas, mas também nas intermediárias e as periféricas. “Procuramos fortalecer as políticas públicas focadas nas mulheres, os jovens, os idosos e dissidentes, para construir uma Agenda Urbana que nos contemple a todas e a todos”, afirmou Gray.
Também ressaltou a necessidade de levar em conta o problema do acesso deficitário à moradia na região.
Enquanto, o prefeito Miguel Lunghi, na sua intervenção destacou que são os governos locais e regionais os encarregados de garantir que a Agenda seja cumprida e, ao mesmo tempo, funcione como um acelerador de outras agendas de desenvolvimento global, como a Agenda 2030 e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
Além disso, afirmou que há três prioridades a desenvolver na Agenda: ter o apoio de uma estrutura de governança; criar e manter o planejamento e a gestão do desenvolvimento territorial urbano no século XXI e estabelecer mecanismos sólidos de financiamento.
Outro tema de destaque foi a relevância das cidades intermediárias como laboratórios de talentos. “Acreditamos que é importante unir forças para diminuir a brecha digital, oferecer formação e capacitação aos nossos cidadãos diante as novas demandas do mercado de trabalho.”