A Unidade Temática de Gênero e Município da Rede de Mercocidades, em que participam atualmente autoridades de segundo e terceiro nível de governo de Argentina, Uruguai, Brasil, Paraguai e Colômbia, no Dia Internacional da Mulher, reafirma o compromisso de nossas cidades e municípios pela igualdade de gênero.

A busca por uma sociedade mais justa e igualitária implica reconhecer os obstáculos que ainda enfrentam as mulheres pelo simples fato de ser mulher. As discriminações e violências que enfrentam no âmbito privado no contexto das relações afetivas, também se reproduzem no nível institucional e comunitário. Além disso, nos locais de trabalho as mulheres enfrentam diferentes mecanismos de subordinação, tais como receber uma menor remuneração por desempenhar a mesma tarefa que colegas do sexo masculino ou a atribuição de funções de acordo ao gênero.

Neste sentido, são necessárias desde o Estado (em seus diferentes níveis e instituições) políticas públicas orientadas, por um lado, a atender os resultados dessas situações de discriminação e violência, e por outro, a promover transformações sociais que impliquem a desconstrução dos estereótipos de gênero e proponham novas formas de relacionamento.

Nas últimas décadas, tem havido importantes avanços institucionais e normativos que conseguiram se consolidar em nossas cidades. Entretanto, ainda existem condições de desigualdade e violência que lesionam os princípios mais elementares da democracia e da convivência.

A paralização organizada para o próximo 8 de março, por ocasião do Dia Internacional da Mulher, representa um importante compromisso de mobilização, de memória e luta, uma aposta política e transnacional que visa conscientizar a atores políticos, empresariais e à sociedade em geral sobre a necessária consolidação das medidas dirigidas ao reconhecimento, garantia e proteção dos direitos das mulheres.

Estas mobilizações voltam a colocar estes temas na agenda, exigindo mais e melhores políticas que abordem as desigualdades de gênero, promovendo uma vida livre de violência, corresponsabilidade nos cuidados, participação paritária, entre outras. Em definitiva, nosso trabalho trata de fazer de nossas cidades um melhor lugar para as mulheres e também para os homens.

Isto requer de um compromisso político que se traduza em subsídio orçamentário para aprofundar as ações que deem respostas mais efetivas às desigualdades. Significa também o subsídio orçamentário para os escritórios de gênero acorde com a importância e dimensões das mudanças que queremos promover.

Este 8 de março, apoiamos as mobilizações incentivadas pelas organizações de mulheres e feministas e assumimos os desafios de aprofundar as ações.

Unidade Temática de Gênero e Município de Mercocidades

07/03/2017