O Grupo de Deficiência e Inclusão (GDI) de Mercocidades convida a cidades membros a participar de sua próxima reunião que se realizará durante a XXII Cúpula da Rede, na cidade de Córdoba, Argentina. Neste contexto, o GDI antecipa quais serão as atividades que se desenvolverão durante o encontro, assim como também a nova edição da revista rampa de Mercocidades.
A reunião terá lugar no âmbito da Cúpula de Mercocidades em Córdoba, nos dias 29 de novembro e 1º de dezembro de 2017. Para a jornada do dia 29, se propõe a apresentação do plano de trabalho anual e uma posterior avaliação de seu cumprimento. Ademais está previsto a apresentação do recentemente criado Grupo de Trabalho de Acessibilidade da União de Cidades Capitais Ibero-Americanas (UCCI), e uma mesa de trocas enquadrada no tema “Após 11 anos da aprovação da Convenção sobre os direitos das pessoas com Deficiência (CPCD)”.
Para a sexta-feira 1º, está prevista uma intervenção por parte da Intendência de Montevidéu, atual coordenadora do Grupo de Deficiência e Inclusão, na qual apresentará a App Rampita, aplicação para o levantamento das condições de acessibilidade na cidade.
Trata-se de um mapa de acessibilidade a nível de cidades, onde se espera realizar um circuito com os espaços públicos e de maior relevância de cada uma. Para levar adiante a App se utilizará a plataforma RampitaUy, desenvolvida por jovens uruguaios.
Por outro lado, se realizará uma troca na modalidade oficina com o fim de definir o plano de trabalho 2018 do GDI, e para concluir a jornada se levará adiante a definição e aprovação de uma Declaração de apoio à CPCD.
Além disso, durante a Cúpula se realizará a apresentação oficial da quinta edição da revista Rampa Mercocidades. Trata-se de um material produzido pelo GDI no qual as cidades podem comunicar as iniciativas de políticas públicas que realizam a fim de integrar, incluir e particularmente, atender as enormes barreiras que enfrentam as pessoas com deficiência nas cidades membro da Rede.
Acesse o convite e cronograma de atividades do encontro.
Rampa Nº5
Nesta edição participam as cidades de Belo Horizonte (Brasil), Canelones, Montevidéu (Uruguai), Rosario, Villa Carlos Paz, Buenos Aires, Santa Fe (Argentina), Quito (Equador), e La Paz (Bolívia).
Entre as boas práticas publicadas, se menciona à cidade de Belo Horizonte como exemplo através do projeto Arquitetura dos sentidos, uma iniciativa que conseguiu instaurar práticas de acessibilidade cultural no âmbito museológico para pessoas cegas e com pouca visão.
A cidade argentina de Rosario também tem seu espaço com a Festa das Coletividades, celebração que desde 1985 se transforma em uma imaginária volta ao mundo, onde os cinco continentes expressam sua cultura com música, danças, costumes, artesanatos e gastronomia. A entrada é livre e gratuita para pessoas com deficiência.
A festa que se celebrará de 10 a 19 de novembro é contemplada como boa prática devido à funcionamento de um circuito acessível para pessoas com mobilidade reduzida ou em situação de deficiência, com um espaço de assistência especial situado a metros da entrada do lugar.
Para esta edição se construíram caminhos, se nivelaram pisos, se colocam rampas desmontáveis e sinalética específica, sanitários adaptados, e o pessoal foi capacitado para o atendimento de pessoas com deficiência. Proporcionar-se-á um serviço de assistência e guias que poderão acompanhar aos interessados a um circuito programado, para que possam transitar o lugar sem dificuldades. Também está previsto que pelas noites no cenário maior conte com interpretação na Língua dos Sinais Argentina (LSA).
Rampa também conversou com Kléver Albán, da Secretaria de Inclusão Social de Quito, sobre a iniciativa Carimbo Inclusivo, uma ferramenta que permite identificar a distintos estabelecimentos como lugares inclusivos e livres de discriminação.
A Municipalidade propõe esta ação como uma via para fazer do Distrito Metropolitano de Quito um espaço habitável, em harmonia e com respeito a todos os cidadãos, sem distinção de idade, gênero, sexo, condição migratória, orientação sexual, auto-identificação étnica ou deficiência.
Acesse à nova edição de Rampa Mercocidades
Grupo de Deficiência e Inclusão
A existência de um grupo de trabalho regional é uma oportunidade para pensar nos desafios, que são primeiros locais, porém que não podem perder de vista a perspectiva regional. As possibilidades de melhorar as condições de vida das pessoas estão condicionadas em grande parte na capacidade de cooperação que possam ter as cidades.
O GDI vem trabalhando há cinco anos na abordagem da deficiência desde uma perspectiva regional. Em 2017 o grupo acordou um plano de trabalho e conseguiu avançar na maioria das ações previstas. Em referência às ações conjuntas, se conseguiu concretizar avanços em um projeto sobre gênero e deficiência que se realizará conjuntamente nas cidades de Canelones, Montevidéu, Villa Carlos Paz e Santa Fe.
O projeto “Mulheres em situação de deficiência, ferramentas para seu empoderamento e participação”, aponta a promover a participação das mulheres com deficiência, das quatro cidades, mediante a realização de dois encontros locais em cada um dos governos participantes, e finalmente, a realização de um encontro entre todas as mulheres.
Outra ação conjunta do GDI a destacar é a concretização de jornadas de capacitação em tecnologias da informação e comunicação (TIC) aplicadas à deficiência.
7 de novembro de 2017