Depois de três intensas jornadas de debates e acordos em torno ao presente e futuro da região, em que participaram representantes de mais de 130 cidades da América do Sul, o encerramento da Cúpula em Santa Fe, com uma declaração que manifesta o compromisso por construir cidades mais resilientes, acordou-se a necessidade de trabalhar pela melhora educativa, pela promoção cultural, pela geração de oportunidades trabalhistas, pela construção de um ambiente urbano sustentável, e pela aplicação de políticas de inclusão social.
O encerramento da Cúpula também marcou o traspasso da presidência da Rede, da cidade brasileira de São Paulo à argentina de Santa Fe, que exercerá esta função até novembro de 2017, sob a coordenação do intendente Corral.
A Assembleia Geral que oficializou de encerramento da Cúpula, foi realizada na sexta-feira, 25 de novembro, no âmbito da comemoração do Dia Internacional da Eliminação da Violência contra as Mulheres. Neste espaço se emitiu uma declaração que foi lida pela intendente de Rosário, Mónica Fein, acompanhada por prefeitas da região, em que as cidades presentes remarcaram a importância de assumir o desafio de fortalecer as políticas locais de prevenção e assistência a mulheres e pessoas LGBTIQ vítimas de violência de gênero. O documento conclui com a frase “Nenhuma a menos, vivas e unidas nos queremos”, luta ademais, pela transversalização da perspectiva de gênero e da paridade em espaços de participação e condução.
Outro ponto destacado da jornada foi a aprovação do primeiro programa de Cooperação Sul-Sul da região, que a Rede colocará em funcionamento a partir de 2017, com o objetivo de fomentar e fortalecer o apoio técnico entre as cidades, o desenvolvimento de projetos regionais, a formação e o financiamento de iniciativas inovadoras e inclusivas.
Durante a XXI Cúpula de Mercocidades, lutou-se pela necessidade de combater os principais problemas que enfrentam hoje as cidades da região, o desemprego, as desigualdades e o impacto da mudança climática, reafirmando a necessidade de ter acesso a maiores recursos econômicos e competências para administrar corretamente os territórios.
A resiliência foi o eixo temático das jornadas, que se desenvolveram sob o slogan “Construção de sociedades resilientes no âmbito da integração regional”. Ao respeito à declaração final alerta sobre a necessidade de “promover sociedades resilientes desde uma concepção ampla do termo, que não aborde somente os fenômenos naturais (terremotos, inundações, maremotos, etc.), senão que também tenha em conta as tensões que experimentam as cidades em desemprego, criminalidade, narcotráfico, marginalidade, falta de infraestrutura básica, etc.”
Participaram da Cúpula destacadas autoridades e representantes de Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Paraguai, Peru e Uruguai, junto a convidados especiais de diversas organizações regionais e mundiais.
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