Publicou-se o relatório do período 2006-2008 sobre o projeto «As Mulheres Transformamos as Cidades», que forma parte do projeto URB-AL B. O mesmo está sendo desenvolvido na capital equatoriana sob a coordenação técnica do Município de Quito, co-financiado pela União Européia.

Na sua qualidade de Coordenadora Geral do projeto, a vereadora Margarita Carranco expôs os resultados que -segundo disse- contaram com a ampla participação das e dos líderes da cidade, dos funcionários e das funcionárias municipais e da comunidade em geral.

Destacou que uma das maiores contribuições do projeto foi a criação de maiores espaços para as mulheres. Por exemplo, em Quito se conseguiu desjudicializar a violência mediante a criação de dois centros de atendimento integral, onde são trabalhados os temas de auto-estima, de empoderamento e de direitos econômicos, para que as mulheres saiam do circulo da violência e enfrentem ao mundo em outras condições. Nestes lugares são abordados temas da saúde reprodutiva e sexual, estrutura municipal, entre outros.

Outro tema em que se trabalha como parte deste projeto é a capacitação relacionada com gestão participativa para conseguir o empoderamento, a co-gestão e a cidadania ativa que tem que ser desenvolvida.

Margarita Carranco destacou que entre as conquistas também está a socialização de novas ordenações entre as quais se destaca: a dos direitos da diversidade sexual e o projeto de criação do Conselho Distrital de Mulheres, assim como a reativação das 7 juntas de mulheres e a eleição de representantes para o Conselho Feminino. Também se trabalha em oficinas de autonomia econômica, de capacitação, de liderança e no projeto de cestas solidárias, que beneficiam aproximadamente 3 mil famílias.

Na área institucional, se conseguiu o fortalecimento da institucionalidade dentro do Município de Quito através da Secretaria de Desenvolvimento e Equidade Social, da Direção de Inclusão Social e de Gênero que em ambos os casos já contam com uma estrutura e orçamentos próprios.

A vereadora também disse que no momento se combate o crescimento da violência contra a mulher em vários âmbitos, através da participação cidadã, da institucionalidade, do trabalho da rede e da participação das juntas. Quer dizer, já existe um sistema completo.