Nos dias 24 e 25 de julho, 11 municípios uruguaios, juntamente com cidades de mais de uma dezena de países da região, participaram deste evento presencial (Colônia) e virtual no qual a inovação foi abordada a partir de dois eixos principais, finanças sustentáveis e investimentos, e nômades digitais.
Com sede presencial em Colônia (Uruguai), o evento organizado pela Mercocidades em conjunto com a Agência Uruguaia de Cooperação Internacional e a Prefeitura de Colônia, contou com apresentações de especialistas das seguintes organizações; SEGIB, Innovation Hub Uruguai, Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Uruguay XXI e Agência Nacional de Pesquisa e Inovação do Uruguai. Além disso, foram apresentadas experiências e políticas públicas inovadoras das cidades de Medellín (Co), São Paulo (Bra), Colônia (Uy), Buenos Aires (Arg), Tandil (Arg), Montevidéu (Uy) e Villa María (Arg).
Finanças sustentáveis rumo à inovação
Foram apresentadas as ferramentas que o Uruguai oferece na matéria, através de suas agências nacionais, bem como programas ou linhas de financiamento e apoio técnico das Nações Unidas que são canalizados através do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Com especial ênfase nas inovações ligadas ao desenvolvimento sustentável e ao cumprimento da Agenda 2030. Em todas as exposições, foi destacada a tendência de promover alianças multiatores e multissetoriais para fortalecer os empreendimentos. Destacando as universidades e institutos de investigação, as empresas, os empreendedores e os cidadãos, os governos e as suas infraestruturas, as redes de trabalho e os investidores e financiadores como atores prioritários no ecossistema de inovação.
Por sua vez, as cidades palestrantes destacaram a importância de planificar, gerando as condições para alcançar e sustentar as transformações desejadas, de mãos dadas com um orçamento que o apoie. Numa aliança estratégica com a academia, a participação dos trabalhadores e a participação cidadã para consolidar e garantir a relevância das propostas. Entre as iniciativas apresentadas destacaram-se o desenvolvimento de projetos urbanos abrangentes, o desenvolvimento sustentável e a resiliência, o apoio técnico e financeiro a pequenos negócios e novas empresas locais inovadoras (start-ups), etc. Embora também alertassem para as múltiplas limitações devido à falta de autonomia dos governos locais em relação ao governo nacional de cada país. Especialmente em relação ao acesso aos recursos económicos.
Nômades digitais
Em relação aos nômades digitais (profissionais que utilizam as novas tecnologias para trabalhar e que levam um estilo de vida nômade, trabalhando remotamente), houve uma troca sobre suas características socioculturais e seus principais interesses, refletindo sobre o que fazem ou podem fazer as cidades para recebê-los e ser pólos de atração.
Nesse sentido, foram apresentadas as experiências de Buenos Aires e São Paulo no assunto, e os possíveis benefícios da promoção de cidades periféricas às metrópoles, por serem de interesse deste público: tranquilidade, ambientes saudáveis, mobilidade, qualidade educacional, conectividade e serviços, segurança, entre outros aspectos notáveis.