O Grupo Aberto de Trabalho Permanente de Cidades e Governos Locais da América Latina logrou seus primeiros resultados, através do acordo assinado no passado 20 de setembro em Barcelona. Onde se propôs uma nova representação latino-americana na organização mundial Cidades e Governos Locais Unidos (CGLU), esta nova formação é o resultado do intenso trabalho iniciado pelo Grupo “Unidade na Diversidade”.

O acordo se concretizou em Barcelona, no âmbito do Comitê Estatutário de CGLU, e será finalmente aprovado na Assembleia Geral de CGLU, no próximo 14 de outubro em Bogotá, Colômbia.

Esta nova formação de cidades da América Latina e Caribe juntas ao Escritório Executivo e ao Conselho de CGLU, e outros atores regionais, como Mercocidades e o Frente Nacional de Prefeitos do Brasil se somam à Federação Latino-Americana de Cidades, Municípios e Associações de Governos Locais (FLACMA) e a Metrópoles, que até o presente eram a entidades regionais com representação nesta organização mundial.

O Grupo Aberto de Trabalho Permanente de Cidades e Governos Locais da América Latina (GATP) foi criado a meados de 2015 em Bogotá, durante o fórum “Cidades do Futuro: um diálogo global”, como um espaço de articulação entre algumas cidades, associações nacionais e redes regionais, com o objetivo de coordenar e unir esforços perante uma visão comum. Ressaltando que a nova representatividade deveria orientar suas ações nos princípios da democracia, da transparência e da efetividade.

Os objetivos deste grupo e de seu slogan de trabalho “Unidos na Diversidade” se reafirmaram também no encontro de 3 de dezembro em Paris, durante a Cúpula Mundial sobre a Mudança Climática, em que uma vintena de prefeitos e prefeitas da região expressou:

“Os governos locais da região enfrentam de primeira mão sérios problemas relacionados com o déficit e a baixa qualidade da moradia, da iniquidade, da desigualdade, da precariedade no acesso aos serviços básicos, do desafio da mobilidade urbana, da busca do espaço público e dos riscos das populações frente aos impactos derivados da mudança climática, entre outros importantes desafios.

Em contraste, na América Latina são muitas as cidades e os governos locais que se destacam como laboratórios de inovação, de luta democrática, de defesa dos direitos fundamentais das mulheres e dos homens e da busca de sociedades mais justas, mais abertas e inclusivas. Como o continente mais urbanizado do planeta, a América Latina está chamada a desempenhar um papel central na definição da nova agenda mundial.

Neste contexto, e a fim de responder adequadamente a estes desafios, chegou o momento para que as diversas expressões de parceria e de trabalho em rede entre as cidades e governos locais da região, abordem, coordenem e unam seus esforços para uma visão comum: o compromisso de trabalhar juntos na diversidade.”

Outros acontecimentos do GATP foram os encontros em abril de 2016 no Panamá, durante XVII Assembleia Plenária da União de Cidades Capitais Ibero-Americanas (UCCI), e em junho de 2016 em La Paz, durante a XVII Assembleia Plenária da União de Cidades Capitais Ibero-Americanas (UCCI).