No próximo dia 27 de janeiro, a cidade de Quito receberá à Comunidade de Estados Latino-Americanos e do Caribe (CELAC), reunidos em sua IV cúpula em prol da integração, da cooperação, da solidariedade e do desenvolvimento das capacidades nacionais e regionais. Até o momento 22 chefes de governo confirmaram sua presença na cúpula, mas se espera que os 33 países integrantes da Comunidade participem do encontro.

O vice-chanceler equatoriano, Xavier Laso, anunciou que o trabalho começará no domingo 24 de janeiro, com reuniões dos coordenadores nacionais (vice-ministros/as) com o fim de preparar o encontro e trabalhar os documentos e declarações especiais. A CELAC trabalha por consenso e por isso, antes de cada encontro os documentos circulam entre os 33 países para fazerem observações, negociações e consensos até chegar a um acordo.

“Haverá 19 ou 20 declarações especiais”, afirmou o diplomata, e explicou que cada país integrante da Comunidade tem direito a expressar uma declaração sobre um tema que lhe pareça importante. A Argentina proporá uma declaração sobre as Ilhas Malvinas; México, Colômbia e Equador abordarão o tema de migração; e Cuba mais especificamente o conflito em relação à base militar estadunidense em Guantánamo.

A CELAC busca coordenações políticas e seu fortalecimento como bloco. A Comunidade é reconhecida por seus integrantes como um espaço político de diálogo para afrontar suas responsabilidades com o desenvolvimento sustentável dos povos que representam. Neste contexto, a Comunidade expressou através do slogan “Construindo juntos” (Costa Rica, janeiro de 2015), seu compromisso com os princípios do direito internacional, da paz, do desenvolvimento sustentável, da democracia, da erradicação da fome e da pobreza e da luta contra a desigualdade, e contra todas as formas de racismo.
Por outro lado, se acrescentará também, como temas pontuais na IV Cúpula, as transferências de tecnologia e conectividade. E em relação a mudança climática, a CELAC mostrará às responsabilidades comuns, mas diferenciadas, de cada país neste tema. Durante sua presidência pro tempore, Equador enfatizou em torno a mudança climática, coordenando reuniões onde se planificaram os planejamentos para enfrentá-la.

O Equador exerce atualmente a presidência pro tempore, ao finalizar o encontro a República Dominicana assumirá esta e se responsabilizará de dar continuidade à agenda 20-20 proposta durante a reunião de Belén (Costa Rica).

Fonte:
Notícias da América Latina e do Caribe (nodal)
Site oficial CELAC