No passado 15 de junho, as cidades integrantes das Unidades Temáticas de Gênero, Juventude e Cultura de Mercocidades, reunidas no foro “Cidades e Direitos”, realizaram uma declaração conjunta numa experiência inédita de transversalidade junto à sociedade civil.
O foro foi realizado no Cabildo Histórico da Cidade argentina de Córdoba nos dias 14 e 15 de junho, e contou com a participação de representantes a mais de 48 cidades de seis países: Argentina, Bolívia, Uruguai, Chile, Paraguai e Brasil, e mais de 100 Organizações da Sociedade Civil.
Durante o encontro foi acordado reconhecer ao Mercosul, e em especial a Mercocidades como espaços de construção de cidadania, o que implica, no reconhecimento dos jovens como sujeitos plenos de direitos, na igualdade de oportunidades e direitos para as mulheres e na cultura como elemento de desenvolvimento e transformação da região.
O Foro realizado em Córdoba é a confirmação do papel da rede no fortalecimento e na integração regional. Com respeito a este tema, se reconheceu a necessidade de insistir no cumprimento dos tratados, acordos, convenções, ratificados entre os países membros do Mercosul.
Outro dos pontos fundamentais ressaltados foi a importância do enfoque transversal nas políticas públicas, a participação e a articulação entre a sociedade civil e os governos como o princípio fundamental para a gestão das cidades.
Após cada Unidade Temática, realizou suas próprias declarações tendo como referência as feitas anteriormente.
Por outro lado a da Juventude declarou necessária a criação de Políticas Públicas dirigidas para os jovens, assim como, o reconhecimento da Convenção Ibero-Americana dos direitos dos e das jovens.
A Unidade Temática de Gênero considerou importante ressaltar a necessidade da criação e aplicação de políticas públicas que tenham em conta as diferentes realidades, segundo raça, classe, orientação sexual, capacidades diferentes e origens étnicas. Assim como também, a mobilização e demanda de políticas dirigidas à eliminação de toda violência contra as mulheres tanto no âmbito público como no privado.
A da Cultura discutiu sobre a necessidade de aprofundar o debate sobre o conceito de região cultural, reconhecendo os efeitos nocivos da lógica de mercado nas produções culturais ao gerar iniqüidade e exclusão.
Também reconheceram a arte e a cultura como eixos de estímulo do pensamento ao desenvolver a capacidade de imaginar novos campos de interlocução social, permitindo compreender nosso entorno.