O Instituto Social do MERCOSUL (ISM) e o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), no marco do
projeto “Juventudes e Fronteiras no MERCOSUL”, anunciam que os dois primeiros estudos do projeto se
encontram publicados.
São duas publicações: a primeira, “Características socioeconômicas das juventudes das cidades fronteiriças do MERCOSUL”, reúne informações sociodemográficas com ênfase na população adolescente e jovem de fronteira, particularmente de quatro pares de cidades gêmeas do MERCOSUL, em temas como conformação de lares, educação, trabalho e saúde; a segunda, “Ferramenta de análises de políticas de adolescência e juventudes nos territórios de fronteira do MERCOSUL”, propõe uma metodologia para recolher informações sobre o Gasto Público Social em Adolescência e Juventude nos territórios fronteiriços.
O projeto “Juventudes e Fronteiras no MERCOSUL” busca realizar uma caracterização de adolescentes e jovens em zonas de fronteira e reunir evidências para a incidência no desenho de políticas que levem em conta as particularidades do ciclo de vida e os principais desafios. Inclui diagnósticos e pesquisas, além de oficinas presenciais com jovens e adolescentes.
Compõem o projeto os pares de cidades Foz do Iguaçu (BR)-Ciudad del Este (PY); Rivera (UY) – Santana do Livramento (BR); Concordia (AR) – Salto (UY); e Encarnación (PY) – Posadas (AR). Nas regiões fronteiriças analisadas, a proporção de jovens e adolescentes situa-se entre o 22% da população total, em Rivera (Uruguai), e o 28% nas cidades paraguaias de Encarnación e Ciudad del Este.
Juventude no MERCOSUL
A transição da infância para a vida adulta nas regiões fronteiriças é particularmente complexa, às vezes marcada pelo risco social, especialmente em matéria de violência, saúde e trabalho. Neste sentido, o território é considerado uma variável-chave que influencia na condição e criação de oportunidades dos jovens e adolescentes.
Segundo dados da Divisão de População das Nações Unidas (2019), cerca de 60 milhões de jovens e adolescentes entre 10 e 24 anos vivem nos países do MERCOSUL, o que representa uma proporção significativa da população – 21,6% no Uruguai, 23,2% no Brasil, 23,5% na Argentina e 28,5% no Paraguai.
Esta geração tem os maiores índices de educação, de acesso a tecnologias de informação e comunicação e de consciência de direitos da história. Aproveitar este bônus demográfico é um desafio para o desenho e a implementação de políticas públicas que, ao considerar o ciclo de vida, contribuam à criação de entornos favoráveis para que adolescentes e jovens possam exercer direitos e desenvolver seu pleno potencial, contribuindo também ao desenvolvimento sustentável dos países e do MERCOSUL.
Descarregue aqui “Características socioeconômicas das juventudes das cidades fronteiriças do MERCOSUL”
Descarregue aqui “Ferramenta de análises de políticas de adolescência e juventudes nos territórios de fronteira do MERCOSUL”