A cidade argentina de Comodoro Rivadavia aposta no desenvolvimento científico e tecnológico para fortalecer os eixos produtivos da indústria local sob o projeto «Cidade do Conhecimento».
A princípio de julho, a Secretaria da Produção e Promoção de Investimentos da municipalidade gestionou a chegada à cidade de representantes do Instituto Nacional de Tecnologia Industrial (INTI) com a finalidade de instalar um centro do instituto em Comodoro, este centro permitirá aproximar a política nacional à região e posicionar a Comodoro como a cidade cabeceira na Patagônia.
É nesse sentido que junto ao Trade Point, a conferência Endeavour e as gestões com o Standard Bank a municipalidade pretende se converter na cidade líder da região, desta maneira se impulsionará o comércio exterior através do desenvolvimento de políticas públicas para fornecer às PMES locais as ferramentas que lhes permitam dar um salto de qualidade.
A visita do INTI contou com o aval do vice-presidente do Instituto, José Luis Esperón, e foi gestionada com o objetivo de acercar a visão das pequenas e médias empresas da cidade. Em dois dias de estadia, os representantes do organismo federal mantiveram onze encontros de trabalho, onde se interiorizaram com respeito às demandas imediatas e de médio prazo das PMES locais.
Os requerimentos do setor em matéria tecnológica serão considerados pela entidade nacional para a possibilidade da instalação de um centro INTI em Comodoro Rivadavia. Assim mesmo, outro aspecto que interessa abordar desde o Município junto ao Instituto é a preparação do setor metal-mecânico ante ao desenvolvimento da exploração Offshore nas costas de Comodoro previsto para um futuro próximo.
Valeria Coniglio, Subsecretária de Produção expressou; «vivemos numa cidade com uma grande energia gerada pela atividade petroleira onde as PMES locais estão imersas numa atividade diária muito intensa que não lhes permite se deter para resolver alguns aspectos centrais para o seu crescimento. É por isso que como Estado devemos contribuir dedicando tempo para pensar e analisar aqueles aspectos da cadeia produtiva hoje deficientes, trabalhar na otimização para facilitar e melhorar a competitividade das empresas locais».
Após os encontros, começa agora a etapa de avaliação e priorização das necessidades ou problemas para resolver para o setor metal-mecânico e de energias alternativas. Em função do solicitado pela Secretaria de Produção, o Instituto Nacional de Tecnologias Industriais armará um quadro de requerimentos que lhes permitirá definir laboratórios de resposta rápida para serem instalados em uma primeira etapa e as linhas que serão desenvolvidas numa segunda etapa de consolidação.
Com um balanço positivo, nas reuniões se identificaram às necessidades do setor na matéria tecnológica para seu desenvolvimento e transferência. «Claramente como denominador comum, as empresas propuseram a necessidade de calibração de equipamentos de medição, certificação de equipamentos por normas específicas, validação de procedimentos e validação de reparações de máquinas, entre outras», enumerou Coniglio.