Miguel Ángel PesceNo dia 24 de abril, a dois dias de se cumprir o 71º aniversário do trágico bombardeio sobre a cidade Vasca de Guernica, se apresentou o «Projeto Guernica: Cidades pela Paz». A iniciativa impulsiona que as grandes urbes sejam declaradas espaços não beligerantes. No encontro expuseram Víctor Heredia, o General Martín Balza e o autor do projeto, Miguel Ángel Pesce.

Uma iniciativa de natureza humanitária destinada a diminuir o espaço à guerra e proteger à população civil frente a eventuais ataques armados foi apresentada publicamente. O Projeto tem por objetivo formar uma rede mundial de cidades que se proclamem não beligerantes tanto em tempos de paz como diante de eventuais conflitos armados.

Em sua dissertação Pesce ressaltou que se trata de «uma iniciativa em formação que pretende dá uma oportunidade à paz mediante a progressiva adesão de cidades e personalidades comprometidas com a paz no mundo».

Por sua parte, Víctor Heredia recordou os bombardeios de 1956 que o surpreenderam em sua infância destacando o papel que os artistas podem desempenhar para contribuir à geração de uma «cultura pela paz».

O General Balza, em teleconferência desde Bogotá onde desempenha a função de Embaixador, ofereceu o seu apoio à iniciativa frisando que «este é um projeto que, se bem não acabará com as guerras, tende decididamente a restringi-las. A guerra é sempre uma tragédia que custa vidas».

Pesce, depois de agradecer o testemunho dos conferencistas, afirmou que «este projeto tem um sonho, mas também um caminho concreto. O sonho de terminar com as conseqüências das guerras e o caminho concreto para consegui-lo que nos oferece o direito humanitário internacional. Nosso objetivo é convencer de que há um caminho institucional para prevenir o ataque militar indiscriminado a cidades abrindo um amplo debate sobre os aspectos históricos, morais, éticos, estratégicos, políticos e jurídicos com respeito ao ataque massivo a alvos civis quando se desatam conflitos armados».

Para o autor desta iniciativa, que já conta com a adesão da Cidade de la Plata (Argentina) e proximamente será apresentada na Cúpula de Mercocidades, que se realizará em Canelones (Uruguai), o objetivo de afiançar a paz «deve ser impulsionado pela sociedade civil, desde a cultura, as organizações religiosas e as cidades desde uma perspectiva solidária, abrangente e multilateral».