A próxima reunião da cúpula do Mercosul se realizará no dia 16 de dezembro em São Salvador da Bahia, Brasil, confirmaram ontem as autoridades do bloco. O Mercosul tem pendentes assuntos comerciais e políticos, como a situação da Venezuela, que ainda não pode se juntar como membro pleno, ressaltou «El Universal», de Caracas, Venezuela.

Na página oficial do Mercosul, se informou que o Brasil deverá traspassar a presidência semestral ao Paraguai. A cúpula será precedida um dia antes pela reunião do Conselho do Mercado Comum, conformada por chanceleres e ministros de economia.

A cúpula entre os mandatários da Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, como membros plenos e Venezuela em processo de adesão, se realizará depois que os dois grandes do bloco aprofundaram a bilateralidade e decidiram que os pagamentos pelo seu intercâmbio comercial sejam realizados em pesos argentinos e reais, destacou a agência The Associated Press (AP).

Os outros dois países poderiam se juntar mais adiante a esse sistema de pagamentos que elimina ao dólar estadunidense, centro atual de turbulências no âmbito da crise financeira internacional.

Na ordem política, a questão da Venezuela segue estando no plano das indefinições devido a que os congressos do Brasil e do Paraguai não deram a aprovação para sua incorporação como membro pleno.

A Venezuela e os países do bloco assinaram no dia 8 de dezembro de 2005 um acordo marco para sua incorporação. Nesse Acordo, Venezuela assumiu o compromisso da adesão ao Tratado de Assunção que formou o Mercosul em 1991 e os distintos protocolos subscritos no correr do tempo, entre eles o da solução de controvérsias.

No caso do Congresso do Brasil, a situação se complicou ainda mais depois de que o presidente Hugo Chávez chamou de «papagaios de Washington» aos senadores brasileiros por sua atitude de criticarem a não renovação da concessão das transmissões da Rádio Caracas Televisão (RCTV) obrigando-a a sair do ar, lembrou AP.