A cidade argentina de Junín se destaca entre seus pares devido à criação de uma empresa dedicada a oferecer os serviços de transmissão de dados, de voz e de imagem.
Neste momento, a empresa «Acerca» já tem mais de 4.000 clientes entre telefonia e banda larga competindo com empresas nacionais como o Grupo Clarín (Fibertel) e multinacionais como a Telefônica (Speedy).
No âmbito do que a lei lhe permite aos municípios na província de Buenos Aires, o Governo Local de Junín utilizando uma Sociedade Anônima da qual tem 90 por cento das ações e se dedica à distribuição de gás por redes, criou seu serviço tecnológico.
A empresa, por petição do Prefeito Municipal Mario Meoni, denominada Grupo Junín S.A., modificou seu estatuto para ampliar a gama de serviços que oferece e assim começou a recorrer um caminho que hoje a põe como uma experiência única na Argentina.
O primeiro passo foi tramitar as permissões necessárias para operar estes serviços. Depois procedeu na realização de uma licitação para comprar o Softswitch e o resto do hardware e da segurança necessária para o funcionamento do sistema. A maior parte da tecnologia foi adquirida da empresa Siemens.
Enquanto foi se montando este hardware também foi se realizando a extensão de um anel de fibra ótica que cobre quase 40% do lugar geográfico onde se consume 70% de internet.
Em junho de 2007, a empresa Grupo Junín, que denominou o seu serviço tecnológico como Acerca, começou a oferecer serviços de banda larga, e em outubro do mesmo ano iniciou a comercialização de telefonia domiciliar IP. Por enquanto, espera a nova regulamentação que deverá afrontar a República Argentina para permitir o triplo começo.
Neste momento, a empresa «Acerca» já tem mais de 4.000 clientes entre telefonia e banda larga competindo com empresas nacionais como o Grupo Clarín (Fibertel) e multinacionais como Telefônica (Speedy).
O Prefeito de Junín, Mario Meoni, ideólogo deste projeto comentou que «até o aparecimento de Acerca, nossa cidade não tinha boa conectividade e além do mais não era barata. Agora, a concorrente começou a investir melhorando a qualidade de seus serviços e também oferecem promoções permanentes. Pelo tanto, os objetivos já começam a serem cumpridos: hoje Junín conta com uma conectividade que a maioria das cidades do interior do país não tem e desde o ponto de vista econômico é acessível para quase todas as famílias».
«Outro dos objetivos era somar mais pessoas ao uso de internet, fundamentalmente aos mais jovens que são os que correm riscos de serem analfabetos digitais no futuro. Por tanto, lhe oferecemos a todas as escolas e bibliotecas internet grátis», afirmou Meoni.
Além do mais, «acompanhamos desde o município com outras propostas. Nas próximas semanas vamos inaugurar um centro tecnológico desde o qual queremos integrar aos vizinhos ao uso das novas tecnologias. A ideia não é ensinar a usar o que nós acreditamos que eles têm que aprender, senão ensinar-lhes a usar as ferramentas que eles queiram aprender. Estamos seguros que muitos jovens terão mais interesse em saber como usar facebook que um editor de texto. O importante não é o quê vão a aprender primeiro, senão que se incorporem ao uso das novas tecnologias, neste caso de maneira gratuita, e depois começaremos a ensinar outras coisas», comentou o prefeito de Junín.
Meoni manteve que «no caso da empresa, nosso próximo objetivo é ampliar a zona de cobertura e dotar ao Parque Industrial de nossa cidade com um nó próprio. Por outro lado, com a Universidade Nacional do Noroeste estamos projetando a criação de um Polo Tecnológico que sirva como uma incubadora de empresas de base tecnológica e como um lugar de pesquisa. Enquanto que, desde o ponto social são muitos os projetos, porque a tecnologia não deixa de avançar, mas o que não muda é o objetivo principal, a inclusão para diminuir a brecha digital».
Finalmente, Mario Meoni manteve que «este é um claro exemplo de que o Estado pode ser eficiente e efetivo. Em nosso caso, o Município administra quase todos os serviços públicos, temos a cargo a água potável, o sistema de cloacas, a distribuição de gás por rede, a iluminação pública, a manutenção de ruas, a telefonia e a internet, além das obrigações naturais dos governos locais».