No dia 8 de março, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, a Organização das Nações Unidas (ONU), a fim de chamar a atenção sobre as conquistas e as distâncias ainda por recorrer no referente à igualdade dos direitos entre homens e mulheres, difundirá o tema através do lema: «Investir nas mulheres e nas meninas».
Segundo as estimativas da ONU, uma de cada três mulheres no mundo seria espancada, forçada a ter relações sexuais, ou sofreria outro tipo de maltrato no decorrer de sua vida. Também, uma de cada cinco mulheres seria vítima de um estupro ou uma tentativa de estupro.
O tráfico de mulheres para prostituição, o acosso sexual, a mutilação genital feminina, o homicídio relacionado com o dote, os assassinatos por questões de honra e o infanticídio feminino são algumas outras ramificações generalizadas do problema.
Dos 867 milhões de adultos que não sabem ler na atualidade, 64 por cento são mulheres, segundo estimativas do Banco Mundial. Dos aproximadamente 113 milhões de meninos entre as idades de 6 a 11 anos que não assistem à escola, 60 por cento são meninas.
A fim de chamar a atenção sobre as conquistas alcançadas e as distâncias ainda por conquistar no financiamento do empoderamento da mulher, o Dia Internacional da Mulher 2008 gira sobre o tema Investir nas mulheres e nas meninas.
O terceiro objetivo do desenvolvimento do milênio desafia a discriminação contra a mulher e tenta assegurar que as meninas, como os meninos, tenham o direito a escolarização.
Os indicadores relacionados com este objetivo tentam medir o progresso para uma maior alfabetização da mulher, para uma maior participação e representação desta na política e na tomada de decisões dos Estados e para uma melhora das perspectivas de emprego.
Entretanto, o tema da igualdade de gênero não se limita a um só objetivo senão que se aplica a todos eles. Já que sem progresso para a igualdade de gênero e sem a capacitação da mulher, não se alcançará nenhum dos objetivos do desenvolvimento do milênio.
Em 1975, no âmbito do ano Internacional da Mulher, a ONU começou a celebrar o dia 8 de março como o Dia Internacional da Mulher. Dois anos depois, em dezembro de 1977, a Assembléia Geral adotou uma resolução que proclamava um Dia para os Direitos da Mulher e pela Paz Internacional, com a intenção de que esses direitos fossem defendidos todos os dias do ano pelos representantes estatais.
O Dia da Mulher é tradicionalmente marcado com uma mensagem do Secretário Geral da ONU.
«A violência contra a mulher e a menina deixa sua abominável marca em todos os continentes, países e culturas», ressaltou o Secretário Geral, Ban Ki-moon. «Chegou o momento de que nos centremos nas medidas concretas que todos nós -Estados Membros, sistema das Nações Unidas, e sociedade civil- poderemos e deveremos tomar para prevenir e erradicar este flagelo. É a hora de romper o muro do silêncio e fazer que as normas jurídicas se convertam numa realidade na vida das mulheres».
A campanha terá a meta de mobilizar a opinião pública a fim de assegurar que os encarregados de formular políticas ao mais alto nível trabalhem para prevenir e erradicar a violência contra a mulher.
Acesse ao Relatório: Estatísticas para a equidade de gênero, publicado por CEPAL e UNIFEM, e ao relatório sobre as tendências mundiais do mercado laboral das mulheres, publicado pelo Escritório Internacional do Trabalho (OIT).
Estatísticas para a equidade de gênero, publicado por CEPAL e UNIFEM
Tendências mundiais do emprego das mulheres
O terceiro Objetivo do Milênio